Desejos, Segredos e Cia...

Sunday, May 14

Rainha-mãe...


E ela acordou feliz... animada com o dia especial. Se levantou. Se perfumou. Vestiu sua melhor roupa. Foi presenteada com um café da manhã caprichado.
Lá estava ela. Docemente linda. Charmosa ao extremo. Graciosa em seus movimentos. Brilho intenso nos olhos. Sorriso largo... encantador. Perfume estonteante... de mãe.
Recebeu o presente emocionada. E agradeceu com um beijo daqueles que fazem perder o ritmo da respiração. Suave como um beijo de mãe deve ser.
Seu dia não foi tão diferente de tantos outros. Mas exalava no ar aquela esperança renovada de mais um ano de muito amor e carinho. E por isso agradeceu comovida, em silêncio.
Talvez não fosse tudo perfeito. Talvez muita coisa pudesse ser melhor. Mas sabia que o carinho existia e o amor emanava inexplicavelmente.
Carinho e amor sem fim. Sem cobranças. Sem julgamentos. Sem barganha. Sem orgulho. Mas incrivelmente emocionante. E extremamente necessário.
Ela era mãe... simplesmente.

Ser mãe...
"Uma mulher chamada Ana foi renovar sua carteira de motorista. Pediram-lhe para informar qual era sua profissão. Ela hesitou, sem saber como se classificar.
"O que eu pergunto é se tem algum trabalho", insistiu o funcionário.
"Claro que tenho um trabalho" exclamou Ana. "Sou mãe!"
"Nós não consideramos mãe um trabalho. Vou colocar dona de casa", disse o funcionário friamente.
Não voltei a lembrar-me desta história até o dia em que me encontrei em situação idêntica. A pessoa que me atendeu era obviamente uma funcionária de carreira, segura, eficiente, dona de um título sonante.
"Qual é a sua ocupação?" perguntou. Não sei o que me fez dizer isto. As palavras simplesmente saltaram-me da boca para fora: "Sou Doutora em Desenvolvimento Infantil e em Relações Humanas."
A funcionária fez uma pausa, a caneta de tinta permanente a apontar pra o ar, e olhou-me como quem diz que não ouviu bem. Eu repeti pausadamente, enfatizando as palavras mais significativas. Então reparei, maravilhada, como ela ia escrevendo, com tinta preta, no questionário oficial.
"Posso perguntar" disse-me ela com novo interesse " o que faz exatamente?"
Calmamente, sem qualquer traço de agitação na voz, ouvi-me responder: "Desenvolvo um programa de longo prazo (qualquer mãe faz isso), em laboratório e no campo experimental (normalmente eu teria dito dentro e fora de casa). Sou responsável por uma equipe (minha família), e já recebi quatro projetos (todas meninas). Trabalho em regime de dedicação exclusiva (alguma mulher discorda?). O grau de exigência é a nível de 14 horas por dia (para não dizer 24)"
Houve um crescente tom de respeito na voz da funcionária, que acabou de preencher o formulário, se levantou, e pessoalmente abriu-me a porta.
Quando cheguei em casa, com o título da minha carreira erguido, fui recebida pela minha equipe: uma com 13 anos, outra com 7 e outra com 3. Do andar de cima, pude ouvir meu novo experimento - um bebê de seis meses - testando uma nova tonalidade de voz.
Senti-me triunfante!
Maternidade... que carreira gloriosa! Assim, as avós deviam ser chamadas Doutora-Sênior em Desenvolvimento Infantil e em Relações Humanas, as bisavós Doutora-Executiva-Sênior em Desenvolvimento Infantil e em Relações Humanas e as tias Doutora-Assistente.
Uma homenagem carinhosa a todas as mulheres, mães, esposas, amigas, companheiras, Doutoras na Arte de Fazer a Vida Melhor!" (A.D.)

Como fazer durar um amor ...
"Uma mãe e a sua filha estavam a caminhar pela praia.
Num certo ponto, a menina disse: "Como se faz para manter um amor?"
A mãe olhou para a filha e respondeu:
"Pega num pouco de areia e fecha a mão com força..."
A menina assim fez e reparou que quanto mais forte apertava a areia
com a mão com mais velocidade a areia se escapava.
"Mamãe, mas assim a areia cai!!!"
"Eu sei, agora abre completamente a mão ..."
A menina assim fez mas veio um vento forte e levou consigo
a areia que restava na sua mão.
"Assim também não consigo mantê-la na minha mão!"
A mãe, sempre a sorrir disse-lhe:
"Agora pega outra vez num pouco de areia e a mantenha na mão semi aberta
como se fosse uma colher ... bastante fechada para protegê-la
e bastante aberta para lhe dar liberdade".
A menina experimenta e vê que a areia não se escapa da mão
e está protegida do vento.
"É assim que se faz durar um amor..." (A.D.)

Aos 30, descobrimos que nossa mãe é a pessoa em quem mais podemos confiar e morremos de culpa de ter brigado tanto com ela.

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