Desejos, Segredos e Cia...

Monday, February 20

Intermitentes PECADOS...


Como não ser pecadora num mundo cheio de tentações?
Pecado... culpa... castigo... perdão... A minha consciência reprimida muitas vezes me aponta o dedo e me faz sentir culpada. Culpada por ser eu mesma.
Não tenho religião definida mas acredito em várias coisas e desacredito de tantas outras. Não sigo nenhuma vertente e nem aceito rótulos. Tenho minhas manias, meus rituais, minhas superstições mas o fanatismo se torna repugnante aos meus olhos. Não sou adepta do Catolicismo que exagera em seus símbolos, poda a liberdade e se nega a se atualizar. A minha razão não suporta aquelas religiões onde todos gritam, berram, se lamuriam de forma assustadora como se Deus fosse surdo. Deus deve ouvir nossos pensamentos e não nossas palavras. Os espíritos já tentaram me comover ou assustar mas ainda não me convenceram a partilhar de seus eventos. O Budismo se torna prepotente demais... a Cientologia... confunde o que acredito... Candomblé, Umbanda... muito dramáticos... A Wicca me alegra, apesar de que também perceba algumas imposições e até alguns exageros. Os anjos me tocam com seus sinos e asas... Entretanto, nada me convence e me arrebanha integralmente.
Às vezes, penso que sou uma perdida... espiritualmente; apesar de que rezo e converso com o Deus que estranhamente se materializa em meus pensamentos, enquanto peço perdão para todos os meus eventuais pecados. Pecados estes que nem sei porque o são. Por que? Por que alguém disse que seriam para nos impedir de vivenciar nossos desejos e nos esbaldar entre tantas tentações?
Eu cometo muitos erros. Um atrás do outro. E até vários ao mesmo tempo. E por isso mesmo devo ser uma pecadora... incurável.
Eu simplesmente amo... E ao amar cedo à uma overdose de sensações... que me torna mais pecadora ainda. Esse venerado amor me confunde e dissipa completamente minhas forças. Me leva à um interminável, ridículo e cansativo estado de soberba. Doloroso orgulho... Inconscientemente me perco em meus desejos e então passo a ser uma mesquinha avarenta. Alucinante cobiça... Que me confunde e permite surgir o insistente e irracional ciúme... de pessoas, coisas, situações... Ao sentir ciúme posso me tornar completamente irascível. Doses homeopáticas de cólera... E esta ira me domina e me conduz apressadamente à bulímica gula e isto, ao mesmo tempo em que a inveja me cega, fazendo-me me perder de mim mesma... Destruidora possessão... Então me canso e me entrego à dissimulada preguiça... saborosa negligência... Me torno cada vez mais fraca... Previsivelmente... e finalmente me entrego à melhor de todas as tentações... latente... e me permito toda a luxúria que conseguir suportar. Escandalosa lascívia... E isso se repete infindáveis vezes. Dependendo do meu estado de espírito, da minha fragilidade momentânea...
Simplesmente, caminho entre os insaciáveis intensos de alma...
Acho que o meu anjo mau está me espreitando. Conspirando contra mim (ou será a meu favor?)... me testando... me induzindo a continuar neste meu inconsciente estado de transe. Até o dia que virá se apresentar... para me buscar... e como sentença, me aprisionar no lado oposto do Éden.

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